Quando criança, eu gostava muito de ler escrever. Nunca fui a melhor aluna da turma, mas sempre tive boas notas. Eu estudava no período da manhã, e a tarde, ficava em casa com as minhas três irmãs. Não podíamos brincar na casa dos colegas, mas dois dias por semana podíamos convidá-los para passar à tarde em casa. Todos adoravam, pois nós morávamos numa casa com um quintal enorme. Brincávamos de vôlei, queima, esconde-esconde, pega-pega, pular corda, corrida, etc...Ah, também adorávamos subir nas árvores para brincar e comer as frutas da época, dos pés de goiaba, amora, abacate, mexerica, jabuticaba, romã, maracujá e banana. Mas não era só brincar, eu também tinha que estudar. Todas as tardes, eu copiava a matéria do caderno na lousa (que era o muro da minha casa), e depois eu explicava para os meus alunos ( minhas irmãs, minhas bonecas, meu cachorro, meus colegas, etc...), e, dessa forma, eu conseguia assimilar muito mais o conteúdo. Eu literalmente encarnava a professora e amava fazer isso.
Na adolescência, veio a fase do diário. Todos os dias eu escrevia um pouco da minha vida.
O tempo passou, terminei o ensino fundamental, o Magistério, a faculdade, e, perdi um pouco o hábito de ler e escrever. Tenho paixão por filmes, vídeos, mas não gosto muito de ler. Acho lindo! Até comprei alguns livros, mas eu ficava com dor de cabeça, ou sono...aí, eu acabava presenteando alguém, pois não conseguia chegar até a metade.
Há algum tempo, comecei a dar aulas como eventual, de todas as matérias, então, comecei a ler e estudar muito mais, e isso se tornou um hábito diário.
Hoje, minha disciplina é Matemática, mas nem por isso deixei a leitura de lado, pois o professor tem que estar sempre aprimorando o seu conhecimento. Eu acredito que a leitura alimenta a mente do indivíduo e é capaz de transformá-lo, de várias formas: através de um pensamento mais crítico, um ponto de vista, uma atitude, uma opinião, um conhecimento, uma visão de mundo, etc...
Andréia Rossigalli Mendes
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